Séries [update 2008-09-17]

Estamos em época de recomeçarem várias séries televisivas. Como de costume, primeiro que cá passem… bem eu não devo ficar à espera que passem. 🙂

As esperadas…

  • 8 de Setembro: Terminator: The Sarah Connor Chronicles, 2ª temporada. Custou a pegar, mas pegou. Se tem Summer Glau, não pode ser mau, quanto mais não seja tem a Glau 🙂 [Update: Ooo… Um(a) T-1000…]
  • 16 de Setembro: House MD, 5ª temporada. Humor mórbido q.b., e uma personalidade de encher a vista actuada pelo grande Hugh Laurie. [Update: «We’re not friends any more, House. I guess we never really were…»]
  • 22 de Setembro: Heroes Volume 3: Villains, 3ª temporada. Depois de uma desastrosa 2ª temporada, onde notoriamente os argumentistas fizeram falta para manter a congruência, espero que a 3ª volte à qualidade da 1ª temporada.
  • 28 de Setembro: Dexter, 3ª temporada desta deliciosa série centrada à volta de um CSI especializado no sangue em cenas de crime que é um serial-killer em part-time. Mas só mata quem… erms… merece… mas parece que se vai enganar nesta temporada…
  • 29 de Setembro: Life, 2ª temporada. O multi-milionário detective continua a desvendar a trama que o levou à prisão.
  • Natal de 2008: Doctor Who, Especial do Natal de 2008
  • Inícios de 2009: Torchwood, 3ª temporada. Apenas com 5 episódios, regressa o Capitão Jack Harkness, saído para este Spin-off de Doctor Who e primeiro (que eu saiba) bisexual apresentado como “herói da fita, role-model, etc…”
  • Inícios de 2009: o FIM de Battlestar Galactica (esta nova versão é muito melhor que a antiga)
  • Durante 2009: Doctor Who, 4 episódios especiais
  • Em 2010: Regresso de uma série completa de Doctor Who.

As curiosidades…

  • 9 de Setembro: Fringe, 1ª temporada. Estilo X-Files antigo, por JJ Abrahams. [Update: promete, pelo menos o início está muito bom]
  • 24 de Setembro: Knight Rider. Depois de um episódio piloto fraquinho, será que a série melhora ou será algo para esquecer? Não é que esteja à espera de algo muito bom, mas pelo menos que entretenha…
  • Irá Jericho voltar?

As “céus que nunca mais acabam…”

  • Stargate Atlantis, 5ª temporada, a falta de imaginação é atroz, já vi séries acabarem a meio com muito mais imaginação. Episódios de encher chouriço desde meados da 2ª temporada. Guilty pleasure… já começou e quero ver como acaba (sim, há luz no fim do túnel, é a última temporada, seguida de um filme).
  • 18 de Setembro: Supernatural, 4ª temporada. De vez em quando tem episódios que compensam todos os outros. Outro guilty pleasure

As boas memórias:

  • Babylon 5, vi tudo (filmes e Crusade), de forma intensiva, do início ao fim e segunda uma sequência de visionamento que considero acertada. Claramente houve alguma divergência entre quem mete o dinheiro e J. Michael Starczinsky, a guerra Shadow-Vorlon foi terminada à pressa, e a partir daí a qualidade caiu significativamente. Seja como for, ao ver o último episódio junto-me aos que lamentam o fim da série.
  • The 4400, 4 temporadas. Aproximação mais realista à temática de seres humanos com poderes. Infelizmente lá para o fim começaram a ter uma crise que descrevo como “The Highlander Effect”: tentaram arranjar uma explicação para a história e estragaram tudo. Aproveitaram a greve dos argumentistas do ano passado para suspender, sine-die, a série.

Chuif… acabou-se o ReGenesis

ReGenesis Logo Em mais um monumental erro de programação a SIC Radical deixou já há algum tempo de emitir esta fenomenal série canadiana, mas graças aos factos da vida, não deixei de continuar a acompanhá-la.

Acabei de devorar ver a 4ª temporada a um ritmo de 2/3 episódios por dia que, segundo consta, é o fim.

Será mesmo o fim?

Ou será que não? Os rumores (nenhuma referência de jeito excepto comentários no IMDB) são de que a ABC (empresa do grupo Disney) comprou qualquer coisa relacionada com a série, e os receios vão desde uma forte suavização (especialmente na crítica ao regime americano e na defesa à investigação com células embrionárias) ao “deita fora e começa de novo” que já deu cabo de várias outras séries.

Eu diria que “ser da Disney” não quer dizer tudo. O Pulp Fiction também é oriundo do grupo Disney.

Os actores

Sinceramente não fico nada descansado, até porque grande parte do valor da série são os excelentes actores que tem. Perdê-los será dramaticamente difícil de compensar:

  • Peter Outerbridge, como o genial, indomável, linfomaníaco, drogado, alcoólico e com traços de leve esquizofrenia, micro-biólogo e director científico do NORBAC David Sandstrom
  • Mayko Nguyen, como a bio-informática Mayko Tran
  • Conrad Pla, como o geneticista homosexual Carlos Serrano
  • Dmitry Chepovetsky, como o especial e génio bioquímico Bob Melnikov
  • Maxim Roy, como a firme directora poliglota do NORBAC Caroline Morrison até morrer (a personagem) num atendado
  • Sarah Strange, como a genial e frustrada virulogista Jill Langston
  • Ellen Page, como a brilhantemente representada (infelizmente só na 1ª temporada) adolescente filha Lilith Sandstrom
  • Greg Bryk, como o burocrata “back stage dealerWeston Field
  • Wendy Crewson, como a misteriosa virulogista Rachel Woods, com um passado intrigante na classe política americana

E uma data de outras personagens recorrentes ou temporárias que alimentaram uma das melhores séries de sempre.

Melhores (outras) características

  • Uma profundamente deliciosa banda sonora de Tom Third, acompanha de selecções musicais de elevada qualidade
  • Filmagem dinâmica com vários blocos acompanhando diferentes ângulos de forma simultânea ou levemente desfasada dando uma sensação de evolução da acção
  • Novamente a filmagem dinâmica, mas fazendo rewind até um ponto recente para nos mostrar o que aconteceu em “paralelo”
  • Retoques de especial realismo tais como:
    • pesquisas no Google, sites de papers, nada de uma Internet maravilhosa que nunca ninguém viu antes como em quase todos os filmes que envolvem personagens informáticas
    • écrãs de computadores que realmente parecem (embora não saiba o suficiente para o atestar não parecem fantasias na sua generalidade) realmente estar a mostrar dados que poderiam ser úteis a tal equipa
    • cenários realistas de vida das pessoas (ir para o emprego de bicicleta, jantaradas de convívio em casa uns dos outros)
  • e tantos outros pequenos pormenores que nos deliciaram

Uma coisa é certa: aconteça o que acontecer, para mim estas quatro temporadas ficaram-me para a memória. Mais surgissem 🙂

E terminaram, para já, as Crónicas de Sara

Acabamos de ver agora o último episódio da primeira temporada de Terminator: The Sarah Connor Chronicles (aviso: há spoilers), a última “obra” no seguimento do brilhante filme de culto de sci-fi, The Terminator.

  • O péssimo: Carmody (mas porquê violar as próprias regras do jogo[1]?), e os murros no cimento[2]
  • O mau: Sarah Connor é a Linda Hamilton e mais nenhuma 😉
  • O bom: a história, tem bom ritmo e prende o suficiente para não se ficar com sensação de completa perda de tempo
  • O excelente: a fria e distante Summer Glau

Se conseguirem ignorar o veneno que se segue, tenham em conta que é uma continuação do T2 muito melhor do que o T3 foi (apesar deste último filme ter tido como único ponto bom, na minha opinião, o final).

Fico a aguardar pela segunda temporada. Já sem greve dos guionistas tem potencial para melhorar!

[1] Ok, depois de todo o suspension of disbelief (de que vai haver um Dia do Juízo Final despoletado pela Skynet e que robots inteligentes irão causar o maior genocídio da humanidade reduzindo-a a meros escombros sobreviventes num futuro pós-cataclismo nuclear, e onde há time bubbles que permitem viajar no tempo (desde que toda a matéria seja orgânica ou esteja envolta *suspiro* de matéria orgânica), o mínimo que podiam fazer era não só não ter enviado o crânio metálico do Carmody junto com a time bubble, como não nos chamarem de burros achando que um corpo robótico altamente avançado e resistente encontrado nos escombros de um depósito federal iria para uma lixeira em vez de algures na Área 51 ou semelhante.

[2] deitar abaixo uma porta blindada é mais difícil que arrebentar a murro uma parede de betão, e a parte orgânica das mãos continua 5 estrelas? p-fscking-lease…